Santiago de Compostela
É uma cidade internacionalmente famosa como um dos destinos de peregrinação cristã mais importantes do mundo, cuja popularidade possivelmente só é superada por Roma e Jerusalém. Ligado a esta tradição, que remonta à fundação da cidade no, destaca-se a catedral de Santiago de fachada barroca, que alberga o túmulo de Santiago Maior, um dos apóstolos de Jesus Cristo. A visita a esse túmulo marca o fim da peregrinação, cujos percursos, os chamados Caminhos de Santiago ou Via Láctea, se estendem por toda a Europa Ocidental ao longo de milhares de quilómetros. Desde 1985 que o seu centro histórico (cidade velha) está incluído na lista de Património Mundial da UNESCO. Em 1993 foi também incluído nessa lista o Caminho de Santiago, que já tinha sido classificado como o primeiro itinerário cultural europeu pelo Conselho da Europa em 1987. Foi uma das capitais europeias da cultura em 2000.
Situa-se 70 km a sul da Corunha, 65 km a norte de Pontevedra, 100 km a noroeste de Ourense e 115 km a norte da fronteira portuguesa de Valença. Como capital da Galiza, ali está sediado o parlamento e o governo regionais (Junta da Galiza; Xunta em galego). É também uma importante cidade universitária, pela sua universidade, fundada em 1495 e que no ano letivo de 2019-2020 tinha mais de 25,000 alunos inscritos.
A origem do topónimo Compostela é um tema controverso, nomeadamente porque a possibilidade de a relacionar com o sepulcro de Santiago tende a que haja muitos argumentos emotivos ou baseados na tradição.
O primeiro nome medieval conhecido do local da cidade é Libredón, que para alguns teria origem celta ("castro do caminho") e para outros deriva do liberum donum ("concessão gratuita"). Entre os séculos IX e XI chamou-se Arcis Marmoricis, que apresenta o topónimo Arca, quase sempre indicador de um sepulcro ou uma mamoa. No os registos históricos começam a mencionar Compostella como um subúrbio, ou seja, parte de uma vila, que alguns situam na zona atual da Rua do Franco. A partir do esse nome passa a aplicar-se a toda a vila.
Uma das versões mais divulgadas é a de que é uma derivação do latim Campus Stellae ("campo da estrela"), que evoca a estrela que indicou milagrosamente ao bispo Teodomiro a localização do túmulo de Santiago (ver secção História – Origens). No entanto, o Cronicon Iriense (XI e XII) indica como origem do nome compositum tellus (plural: composita tella, "terras bem ajeitadas" ou "terras belas"), que pode ser um eufemismo para cemitério. No capítulo XII da Crónica de Sampiro refere-se «Compostella, id est bene composita». No capítulo XII do Códice Calixtino, do, conta-se a história de uma mulher chamada Compostella, presumivelmente ligada à pregação do Apóstolo.
Ángel Amor Ruibal, recordando o significado de compositum ("enterrado") interpretou Compostela como significando "lugar onde está enterrado". José Crespo Pozo e Luís Monteagudo consideram o topónimo anterior à tradição de Santiago, porque ele existe noutras partes da Galiza (e em O Bierzo há uma Compostilla), considerando-o uma derivação de comboros (escombros) e steel (ferro), significando "escória de minas e forjas e relacionando-o também com o bairro da cidade de Estila. Compostela pode ainda ser um hipocorístico do antropónimo Composta.
Mapa - Santiago de Compostela
Mapa
País - Espanha
Moeda / Linguagem
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